HISTÓRIA DE ARARIPINA: CLIMÉRIO PROVOCOU OS UDENISTAS

oda história política tem um fato notório e relevante para marcar e ficar gravado para mais tarde ser contado de forma até hilária e Francisco Muniz, autor do Livro - Araripina, Histórias, Fatos & Reminiscências, faz isso de forma detalhista, que tratamos aqui de descrever sem mudar o rumo do conteúdo do escritor para que não fique apenas guardado na estante e que todos os araripinenses tenha conhecimento.

Fato Primeiro

Ao término da apuração das eleições municipais de 1947 (1947 - A PRIMEIRA ELEIÇÃO DEMOCRÁTICA DO MUNICÍPIO) , os pessedistas não puderam cantar uma vitória completa, porque perderam a maioria na Câmara de Vereadores. Isso significou um empate. Mesmo assim, alguns pessedistas mais exaltados comemoraram a eleição do prefeito. Um deles, Climério Andrade, embriagado, foi soltar uma bomba em frente à casa comercial de Valdomiro Alencar, eleito vereador pela UDN. Honorato Granja reclamou da atitude de Climério e travaram um rápido bate-boca, à distância. 

Alcides Muniz Falcão – Dota, cunhado de seu Miro, tentou revidar as provocações de Climério, que já estava sendo retirado do local. Climério, além de embriagado, portava uma faca-peixeira e conseguiu desvencilhar-se da turma do “deixa-disso” e partiu, de faca em punho, atrás de Dota. Seu estado de embriaguez e a intervenção de terceiros não deixaram consumar o seu intento criminoso. Desarmado, foi Climério agredido por alguns udenistas, surgindo daí um sururu, que durou cerca de meia-hora. A briga foi no tapa mesmo. Gente corria p’ra fora, gente corria para o meio do bolo. Muitos apanharam e muitos bateram, ninguém sabe de quem e em quem. Não saiu um tiro e todos escaparam ilesos. A polícia interveio apenas para apartar os brigantes. No rescaldo, alguns se exilaram na casa de seu Álvaro Campos, que serviu como embaixada, para que se resolvessem algumas pendências antecedentes e consequentes do entrevero, mas que nada tinha a ver com o caso. Figuras proeminentes dos dois partidos, confabularam, negociaram e deram o litígio por encerrado. 

Araripina voltou à calma, à tranquilidade. Não foi instaurado inquérito sobre o caso

Causos do Livro: Araripina, História, Fatos & Reminiscências